Youtuber passa noite em navio encalhado na costa de Fortaleza

O youtuber Diego Nicodemos chegou na tarde de sexta-feira, 5, aos destroços do Mara Hope, o navio petroleiro encalhado na costa de Fortaleza, e passou toda a madrugada deste sábado, 5, no que ainda resta da embarcação. O youtuber publicou toda a ação, desde a sua chegada de jangada, em seus stories do Instagram.

Inicialmente, Diego estava acompanhando de um homem que conhecia o interior do local, bastante corroído pela maresia e pelo tempo do encalhe – acontecido em 1985. Antes do final da tarde, ele já estava sozinho no Mara Hope. A última postagem feita pelo influencer foi às quatro da manhã. Até às 8h30min o youtuber tinha em sua rede social 90,2 mil seguidores.

Antes de chegar ao Mara Hope, Diego esteve na Ponte dos Ingleses, até então interditada para reforma. Ele prosseguiu no seu desafio e chegou até o navio. Para isso, o youtuber contou com a ajuda de um conhecido, que o levou de jangada até o local.

O jovem narrou que estava com pouca bateria no celular. Nas redes sociais, alguns internautas indagaram sobre a preocupação de Diego ter ou não tomado a vacina antitetânica, por causa da estrutura enferrujada do navio e o risco de infecção.

A reportagem procurou a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará (SSPDS) para saber qual a situação atual do jovem e se ele foi resgatado. Até agora a secretaria não divulgou nada oficial. A informação era de que o caso teria sido monitorado por equipes plantonistas para um possível resgate.

Usuários das redes sociais também indagaram dúvidas sobre a presença nesta madrugada do youtuber, no Mara Hope. A dúvida surgiu quando, em seu story, ele disse que estava com pouca bateria, mas mesmo assim conseguiu fazer edições de vídeos e tornar a conta fechada para aceitar os seguidores individualmente.

Mara Hope

O Mara Hope era um petroleiro que encalhou na orla da Capital em março de 1985, em frente ao hotel Marina Park. Dois anos antes, o mesmo navio havia sofrido um incêndio em suas instalações em um porto do Texas, nos Estados Unidos, e teria sido rebocado até o Ceará para reparos, mas acabou se desgarrando do rebocador na costa de Fortaleza – após o rompimento dos cabos que o puxavam. Ele media 150 metros de comprimento e teve a maior parte de sua estrutura vendida como sucata para aproveitamento das chapas de ferro. Abaixo da superfície, tornou-se um grande viveiro de espécies marinhas.

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