‘Tiramos uma praga que tinha chegado a esse país’, diz Lula sobre Jair Bolsonaro
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez críticas nesta quinta-feira (31) a Jair Bolsonaro (PL) e disse que o ex-presidente é uma “praga” que ele nunca tinha visto. Além disso, Lula chamou o seu antecessor de “genocida” e afirmou que Bolsonaro tem culpa por metade das mortes por Covid-19 no Brasil.
“Nós tiramos uma praga que tinha chegado a esse país. Uma praga que eu nunca tinha visto na minha vida. Nos meus 50 anos de vida política, eu nunca tinha visto nada igual”, declarou Lula durante evento de anúncio das obras do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), no Piauí.
“Eu nunca vi tanta mentira, tanta pregação de ódio, tanta coisa de mau. Como alguém tratou a Covid-19 como ele tratou? Por isso que, de vez em quando, eu digo que ele é genocida, porque metade das pessoas que morreram é da responsabilidade dele e da turma dele, que desrespeitaram a ciência, a Organização Mundial da Saúde e a inteligência do povo brasileiro”, acrescentou o presidente.
Dilma Rousseff
No evento, Lula comentou também uma decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) de retirar a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) de uma ação de improbidade administrativa sobre as “pedaladas fiscais” — apelido dado a manobras contábeis feitas pelo governo federal para cumprir metas fiscais — no mandato da petista.
Segundo o presidente, Dilma merece um pedido de desculpa, visto que ela sofreu impeachment por causa das pedaladas. “Eu não sei como que fica a situação política brasileira, porque a Dilma foi condenada por uma pedalada e, agora, a Justiça Federal de Brasília absolveu a Dilma, diz que ela não cometeu crime”, afirma ele.
“Obviamente que ela não pode querer voltar para o governo, porque eu não vou sair para ela entrar. Ela vai ter que esperar. Mas eu acho que algum pedido de desculpas, em algum momento, alguém tem que fazer. Não é possível que você invente uma mentira, derrube a presidente, destrua parte do Brasil, e depois a Justiça diga que aquele crime não existiu e ninguém pede desculpas. Fica uma coisa muito sem explicação para a sociedade, além da destruição da imagem das pessoas durante vários anos”, concluiu.