Fiscalização de pessoas nas ruas será mais rígida em bairros e comunidade de Fortaleza a partir desta sexta-feira

O prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, afirmou nesta quinta-feira (8), que a prefeitura irá fazer uma fiscalização mais rígida dentro de bairros e comunidades da capital. Segundo o gestor municipal, ficou claro que a quebra do isolamento social foi percebida dentro dos bairros e não entre eles. A medida visa cumprir as determinação do decreto municipal que endurece as ações de combate ao novo coronavírus e começará a valer nesta sexta-feira (7).

“A ação vai acontecer principalmente dentro dos bairros, dentro das comunidades. Tendo em vista que o grande problema de isolamento não é entre bairros, é dentro da própria comunidade”, afirmou o prefeito.

Roberto Cláudio afirmou que o monitoramento rígido vai focar nos pequenos comércios informais que existem dentro dos bairros e comunidades, como as feiras livres. “A gente tem visto aglomerações em espaços informais, espaços formais, em calçadas, em vias públicas, muita gente participando de feiras livres, muitas pessoas caminhando em praças, em calçadões, todas essas oportunidades para disseminar o contágio da Covid-19”, afirmou Roberto Cláudio em entrevista para a TV Verdes Mares.

O prefeito destacou também que a população vai poder ajudar na fiscalização por meio de denúncias.

“O importante nesse momento é fiscalizar, montar uma rede bem estruturada, bem planejada, bem distribuída pelos locais da cidade. Mas vamos ter um número para denúncias para que elas ajudem no processo de fiscalização. E vamos obviamente apostar que a informação nesse isolamento social rígido com uma presença ostensiva da fiscalização nas ruas”.

Sobre a fiscalização na entrada e saída de Fortaleza, Roberto Cláudio, fez questão de ressaltar que não se trata de uma proibição, mas sim de uma restrição. “Não é proibição, é um controle, é uma restrição de entrada e saída e haverá obviamente blitz nos principais corredores de CEs, nas principais avenidas que ligam a cidade de Fortaleza a seus municípios vizinhos”.

Hospitais da capital no limite de atendimento
Por fim, o gestor destacou a importância de se fazer o isolamento social. Ele destacou que a diminuição observada no isolamento nos últimos dias fez com que os casos dentro de Fortaleza aumentassem e, consequentemente, a demanda nas unidades de saúde municipais também crescessem.

“Ontem, por exemplo, o IJF chegou pela primeira vez a 100% da sua capacidade de atendimento. A gente teve ao longo do dia pacientes recebendo alta, mas em algum momento ele chegou a 100%. Hoje estamos abrindo mais dez novos leitos de UTI. Algumas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da nossa capital já estão trabalhando acima da sua capacidade de atendimento”, destacou.

Obrigatoriedade do uso de máscaras
Desde a manhã desta quarta-feira (6), o uso de máscaras de proteção facial é obrigatório em Fortaleza por todas as pessoas que precisarem sair de casa. A medida faz parte da série de medidas mais rígidas do novo decreto de isolamento social no Ceará, que agora valerá até o dia 20 de maio, para evitar a proliferação do coronavírus.

Agentes da Agência de Fiscalização de Fortaleza (Agefis) começaram o trabalho de fiscalização. No Terminal do Papicu, houve distribuição do item de segurança. Ao todo, o órgão municipal repassou cerca de 5 mil peças. Alguns passageiros estavam sem a máscara durante abordagem, mas logo foram informados pelos fiscais sobre a obrigatoriedade do uso.

Apesar do decreto estadual não determinar multa, quem não usar máscara está sujeito a sanções. “Aqueles que não observarem o disposto neste artigo serão impedidos de ingressar em transporte público, individual ou coletivo, bem como de adentrar em quaisquer estabelecimentos que estejam em funcionamento”, aponta o documento.

Autuações

Neuvanir Vasconcelos, Diretor de Operações da Agefis, explica que o primeiro momento de fiscalização é de conscientização.

No Centro de Fortaleza, no Mercado São Sebastião, idosos tentaram adentrar o equipamento público sem usar o equipamento de proteção, e se recusaram a aceitar máscaras entregues por agentes de fiscalização municipais. Eles foram impedidos de acessar o local.

Para que a determinação se faça cumprir, a Agefis informa está percorrendo cerca de 20 bairros todos os dias, chegando a 91 pontos de abordagem orientativa. As operações têm apoio da Guarda Municipal, da Defesa Civil, da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) e dos Agentes de Cidadania.

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