Diplomação de Lula e Alckmin é oficializada pelo TSE; presidente eleito chora em discurso
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) foram diplomados na tarde desta segunda-feira (12) em solenidade no plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília. Em seu discurso, Lula chorou ao falar sobre a chegada de seu terceiro mandato presidencial.
Na entrada de Lula e Alckmin, houve uma salva de palmas prolongada. A sessão solene foi aberta pelo presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes. Após a execução do Hino Nacional, Moraes iniciou a entrega dos diplomas ao presidente da República eleito e ao seu vice para o começo dos discursos.
A cerimônia oficializou o resultado das eleições e o fim do processo eleitoral, formalizando Lula e Alckmin para o mandato de 2023-2026. Com a diplomação, ambos já estão aptos a tomar posse no dia 1º de janeiro.
Além dos representantes eleitos, estiveram presentes todos os ministros do TSE, a futura primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, e os futuros ministros, como Fernando Haddad (Fazenda), Flávio Dino (Justiça), José Múcio (Defesa), Rui Costa (Casa Civil) e Mauro Vieira (Itamaraty). Segundo o tribunal, cerca de mil pessoas foram convidadas para acompanhar a cerimônia.
LULA CHORA EM DISCURSO
No início do discurso, Lula cumprimentou as autoridades presentes e depois iniciou declarações emocionadas. Chorando, o presidente eleito falou sobre a honra de poder presidir o Brasil pela terceira vez.
Esse diploma que recebi não é um diploma do Lula presidente, é o diploma de uma parcela significativa do povo que reconquistou o direito de viver em democracia nesse país. […] Na minha primeira diplomação em 2002, lembrei da ousadia do povo brasileiro em conceder para alguém tantas vezes questionado por não ter diploma universitário o diploma [presidencial]
O discurso de Lula durou cerca de 15 minutos. Após o petista, o presidente do TSE Alexandre de Moraes retomou a fala sobre o processo democrático das eleições e condenou ataques ao sistema eleitoral. Para ele, o diploma entregue a Lula e Alckmin expressa a vontade das urnas: “O Brasil encerra mais um ciclo democrático”.
Moraes condenou os atos contrários ao resultado do pleito e os chamou “criminosos ataques antidemocráticos ao sistema eleitoral”. Segundo o ministro, os responsáveis por esses atos serão punidos. “Essa diplomação atesta vitória plena e incontestável da democracia contra os ataques antidemocráticos, desinformação e contra o discurso de ódio proferido por diversos grupos que identificados, garanto, serão responsabilizados para que isso não retorno nas próximas eleições”, disparou o presidente do TSE.