Como as exportações trazem um ciclo virtuoso de desenvolvimento do Ceará
O sonho de viabilizar um desenvolvimento planejado para o Estado resultou em
grandes projetos concretizados, para empresas e trabalhadores cearenses
Cada decisão pode mudar nossas vidas de forma significativa. E a dimensão dessa renovação é proporcional ao nosso esforço em aprender, transformar e impactar. Em São Gonçalo do Amarante (SGA), muitos sonhos se tornaram reais e impulsionaram milhares de pessoas. O Governo do Ceará idealizou, desde a década de 1970, quando Virgílio Távora governava o estado, o desenvolvimento planejado, fomentado pela industrialização e por empreendimentos âncoras como uma siderúrgica, aliado à construção de um porto. Após 4 décadas, em 2016, a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), primeira usina integrada do Nordeste, iniciava as suas operações. Há 7 anos, a Zona de Processamento de Exportação do Ceará (ZPE Ceará) também era inaugurada, e hoje já acumula mais de 48,04 milhões de toneladas de cargas movimentadas. E o Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), implantado e em pleno crescimento, já soma cerca de 40 empresas instaladas.
Quase 60 mil empregos diretoS, terceirizados e indiretos
Esses planos de governo concretizados viabilizaram muitos sonhos e realizações de cearenses que moram na região de SGA e Caucaia. Aproximadamente, 50,8 mil empregos, entre diretos e indiretos, são gerados pelas empresas instaladas no CIPP. Essas oportunidades de trabalho contemplaram pessoas que buscaram qualificação em cursos do campus Pecém do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI/CE) e de outras instituições públicas e privadas de ensino.
Tudo isso também mobilizou moradores da região que participaram de projetos sociais promovidos por essas grandes empresas instaladas. Somente a CSP, já investiu mais de R$ 40 milhões em programas de responsabilidade social, como Território Empreendedor e Diálogo Social, resultando em, aproximadamente, 28 mil pessoas beneficiadas. Com o Território Empreendedor, por exemplo, cerca de 350 empreendedores, produtores rurais, potenciais empreendedores e lideranças receberam mais de 1.300 horas de capacitações. São pessoas que desejaram modificar suas vidas a partir de suas vocações e trabalho, mas que precisavam de orientações e formação para percorrerem com autoconfiança os desafios que abraçaram.
O sonho do governo estadual realizou inúmeros sonhos pessoais de milhares de pessoas. E essa engrenagem é fortemente movida pela exportação cearense. Atualmente, 40% das indústrias instaladas no Complexo do Pecém exportam. Entre as mercadorias movimentadas (exportação e importação) estão minério de ferro, carvão mineral, placas de aço, gases industriais, fundentes, dentre outros. A CSP, a Phoenix do Pecém e a White Martins, que estão instaladas na ZPE Ceará, possuem a obrigação de exportar pelo menos 80% de toda a produção, conforme o artigo 18 da Lei nº 11.508/2007. A siderúrgica já produziu e exportou aço para mais de 20 países, e desenvolveu 25 novos tipos de aço de alta tecnologia, elevando a rentabilidade geral dos produtos e aumentando o portfólio da empresa, que agora oferece mais de 200 tipos de placas.
Exportação é alternativa para empresas crescerem
Segundo a gerente do Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), Karina Frota, na análise das estatísticas do estado do Ceará, o comércio exterior adquire cada vez mais importância para as empresas que querem crescer de forma sustentável. Sobre as exportações, de uma forma geral, ela destaca que “beneficiam o Estado como um todo através da própria promoção no ingresso de divisas para o país, na geração e na manutenção de emprego e renda, no próprio aumento da qualificação dos recursos humanos”.
Karina reforça: “Nós observamos os benefícios, de forma muito visível, quando olhamos para a região do Pecém, assim como para a evolução e o crescimento da indústria e desse universo empresarial como um todo”. Karina Frota lista que outros benefícios decorrentes das exportações são “o aumento da produtividade, a própria melhoria na qualidade do produto, já que normalmente o mercado internacional é um mercado pouco mais exigente, e as melhorias que acontecem dentro da empresa também”.
Ciclo virtuoso
O ciclo virtuoso composto por poder público, empresas exportadoras, negócios locais, instituições de ensino e trabalhadores está desenhando a trajetória de crescimento do Ceará e possibilitando novas perspectivas. Em 2020, chegamos ao segundo semestre com grandes resultados já conquistados pela CSP de janeiro a julho: R$ 400 milhões investidos pela siderúrgica em 231 fornecedores de 30 segmentos de negócios no Ceará; o volume de 1.577.311 de toneladas (t) de placas de aço exportadas; e a assinatura de um convênio no valor de R$ 1,1 milhão entre a usina e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do Ceará (Sebrae/CE) para a realização do 3º Ciclo do programa Território Empreendedor, que continuará impactando positivamente milhares de empreendedores, a partir de cooperações e capacitações.