Camilo recomenda adiamento do início das aulas para crianças de até 11 anos em 15 dias no Ceará
Em razão do aumento dos casos de gripe e Covid-19 nas últimas semanas, o governador do Ceará Camilo Santana (PT) recomendou que as escolas que estavam programadas para iniciar as aulas na próxima segunda-feira (17) adiem o início das atividades em 15 dias. A medida é voltada para as séries que contemplam alunos de até 11 anos de idade, ainda não vacinados contra a Covid.
“E que as escolas tomem essa decisão compartilhada com os pais dos alunos e das crianças cearenses”, recomendou o governador.
Outra medida anunciada pelo gestor é da diminuição de público máximo permitido nos estádios de futebol, que só vão poder acolher até 30% da capacidade máxima até o dia 5 de fevereiro. Ele lembrou que a data é o prazo estabelecido também para a redução de público dos eventos.
Outra determinação coloca a obrigatoriedade do uso de máscaras do tipo N95 ou similares nos atendimentos de farmácias, supermercados, escolas e outros estabelecimentos.
“Devido ao alto poder de contágio dessa onda. Os estudos mostraram que a máscara N95 consegue proteger significativamente a transmissão dessa variante que, repito, é muito transmissível. É uma obrigatoriedade que o comitê decidiu para proteger o trabalhador e a população”, explicou Camilo.
Aumento da positividade em Fortaleza
O secretário da Saúde do Ceará, Marcos Gadelha, acompanhou o governador na live desta sexta e também comentou sobre o cenário epidemiológico da capital. Fortaleza está com quase 45% da taxa de positividade dos exames de Covid-19 realizados.
“Isso significa que de 100 pessoas que fazem o exame, quase metade estão com exames positivos, refletindo exatamente essa alta transmissibilidade dessa variante”, comentou o secretário.
O aumento da positividade também reflete na necessidade de atendimento médico. “A quantidade de atendimento nas unidades básicas de Fortaleza tem aumentado bastante. O número de atendimentos nas UPAs está chegando a quase mil diariamente”, complementou Gadelha.
“Continuamos com aumento muito forte da Covid. A ômicron, variante predominante hoje no Ceará, tem uma agressividade muito grande. Aumento muito grande também assistencial, principalmente nos postos de saúde e UPAs, apesar de a grande maioria dos sintomas serem leves. Dos sintomas mais graves, a grande maioria é dos que não tomaram a segunda dose e dose de reforço”, reforçou Camilo Santana.