Médico argentino revela que Maradona foi enterrado sem coração
O ex-atacante Diego Armando Maradona, falecido em 25 de novembro de 2020, aos 60 anos, vítima de uma parada cardiorrespiratória, foi enterrado sem o coração, de acordo com médico e jornalista argentino Nelson Castro. A informação foi divulgada em entrevista ao canal “El Trece”, de Buenos Aires.
De acordo com o médico, torcedores do Gimnasia y Esgrima La Plata planejavam extrair o coração de Maradona.
“Houve uma movimentação de um grupo de Barra Bravas do Gimnasia y Esgrima La Plata que planejava arrombar e extrair o coração de Maradona. Não se concretizou, porque foi um ato de enorme ousadia. Descobriram que isso ia ocorrer, e então extraíram o coração”, disse o jornalista Nelson Castro.
Outro motivo, porém, influenciou a extração do coração de Maradona antes do enterro.
“O coração também foi extraído porque era muito importante para a determinação da causa da morte. Ele pesava meio quilo e era muito grande. Um coração costuma pesar 300 gramas. Era um coração grande não só porque ele era atleta, mas também pela insuficência cardíca que o ex-jogador sofreu”, justificou.
CARREIRA DE MARADONA
Maior ídolo esportivo da Argentina, ele nasceu no dia 30 de outubro de 1960 e cresceu no humilde bairro de Villa Fiorito, no subúrbio de Buenos Aires.
Campeão mundial em 1986, quando teve seu auge na Copa do México, tornou-se uma das figuras mais populares e controversas das últimas décadas. Ganhou em 2000 uma eleição popular feita pela Fifa na internet para eleger o melhor jogador do século 20. Com 53,6% dos votos, superou Pelé (18,53%) nessa enquete e levou um troféu da entidade, que conferiu também ao brasileiro um prêmio de melhor do século 20, só que em votação da “Família do Futebol”, um comitê montado pela FIFA.