Empresa defende que beber café é racismo: “Supremacia branca”

Narrativa despertou enxurrada de críticas e ironias nas redes sociais

A startup de moda liderada por negros Afru causou reboliço, nas redes sociais, ao afirmar que beber café é um ato racista que perpetua a supremacia branca. A narrativa despertou inúmeras críticas e ironias nas redes, incluindo fala do bilionário e dono do Twitter, Elon Musk.

A reportagem da empresa em questão defende que o café “foi criado por negros para negros”, e agora se tornou um “pilar do capitalismo da supremacia branca”.

– Cada faceta da indústria do café, na verdade, está enraizada no racismo. Desde o momento em que os brancos roubaram cruelmente o café dos negros e pardos até a atual Karen tomando sua xícara matinal de supremacia branca, os brancos foram capazes de beber impunemente os frutos de nosso trabalho e nossa cultura – diz um trecho da matéria.

A reportagem finaliza defendendo que haja um boicote à indústria do café.

– Sei que isso vai doer, um compromisso adequado de fazer uma ação direta antirracista exige que desistamos totalmente do café – concluem.

O café, no entanto, não seria a única bebida “racista”, mas o leite também entrou na mira da startup. De acordo com o texto, essa bebida “se tornou racista depois que os supremacistas brancos começaram a usar a bebida branca como símbolo de sua pele”.

– Sim, as raízes racistas na indústria do café são certamente muito mais profundas, mas a brancura do leite e os efeitos devastadores do leite no belo corpo negro o tornam quase tão ruim quanto o café para alguns negros – escreveram.

Após viralizar nas redes sociais, a narrativa ganhou uma enxurrada de comentários negativos. Houve também quem apontou que tal narrativa ajuda a deslegitimar movimentos antirracistas sérios.

– Até o meu café? – brincou Elon Musk.

– Este post antirracista é a coisa mais racista que já li – avaliou um usuário do Twitter. – Bem, se foi criado por negros para negros, acho que foi uma indústria construída sobre o racismo. Quando todo mundo participa, estamos quebrando o racismo. Eu tomo quatro ou mais xícaras por dia para fazer a minha parte – acrescentou outro internauta.

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